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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Faz hoje anos...

... uma senhora que eu já conheço à vários anos mas, com quem tenho contactado mais nos últimos 2 anos e "picos"... E isto porque ela era vizinha dos meus avôs... E, desde o falecimento da minha avó que ela tem sido mais impecável. Sempre que vamos até lá ela faz questão de oferecer alguma coisa da horta dela e por vezes chega mesmo a cozinhar algo. A confiança que os meus tios têm nela é tal que ela tem a chave da garagem e que dá acesso ao quintal. Isto porque ela confessou ter pena que as plantas que a minha avó tinha morressem todas e por isso disponibilizou-se a regá-las... Pouco tempo depois da minha avó falecer lembro-me de ouvir a voz desta vizinha vinda do exterior e, por momentos eu achei que era a minha avó...

Agora com o falecimento do meu avô esta senhora mostrou que é um ser humano para o qual não há palavras! As palavras que existem e que não são suficientes para a caracterizar são: fantástica, simpática, humilde, modesta, preocupada, etc. ... Mais: o filho dela fez anos no dia em que foi o funeral do meu avô e, tanto ela como o marido iam passar o dia com o filho (3 horas de viagem) e eles decidiram não ir... E para além de terem estado presentes no funeral foram bastante atenciosos (como sempre).

Hoje, quando soube que ela fazia anos fiquei um pouco triste por saber que uma coisa que ela gostava de receber neste dia nunca mais ia receber... Um poema do meu avô... O meu avô escrevia poemas e, como ela apreciava os poemas que o meu avô escrevia, ele tinha por hábito escrever-lhe um no dia de anos (mesmo depois do falecimento da minha avó quando o meu avô disse que não ia escrever mais nada e mesmo depois de uma vez lhe dizer que naquele ano não lhe ia escrever o meu avô escreveu sempre) e a partir de agora isso vai deixar de acontecer.

Resumidamente é como a minha mãe no outro dia comentou comigo: enquanto eram os 4 vivos e eram vizinhos cada um andava na sua vida e tentavam não incomodar o outro (ainda me lembro de a ouvir comentar que se sentia muito mal por não ter ajudado a minha avó - quando ninguém sabia o que tinha acontecido), agora com estes infelizes acontecimentos acabamos por conviver mais com estes fantásticos vizinhos que os meus avôs tinham/têm.

Tenho pena (claro!!!) que tenham sido precisos estes momentos acontecerem para nos darmos mais com estes vizinhos. Mas, ao mesmo tempo fico muito contente por ter a oportunidade de conhecer mais e melhor tanta gente que se cruzou na vida dos meus avôs e dos quais eles eram amigos. Assim, de alguma maneira posso lembrar-me ainda mais deles porque há sempre momentos recordados por outras pessoas sobre os nossos familiares que nós não presenciámos e que gostamos de saber.

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